quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um 2011 cheio de cores !!

O Chrisconta encerra este ano com um agradecimento todo especial aos que navegam por aqui. Aos que nos estimularam em forma de palavras, comentários e abraços cheios de carinho.  Agora desejo cores. Todos nós podemos colorir a vida de forma criativa. Fica mais favorável abrirmos as portas do coração se nos conectamos com a luz das aquarelas. E aí escolhi Ralph Waldo Emerson para dizer assim: "Gravai isto em vosso coração: cada dia é o melhor do ano." Que a cada dia possamos colher 2011 com fé, esperança renovada e amor pra continuar. FELIZ ANO NOVO !!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ponta de Humaitá

Salvador - Bahia
Do blog: 
http://www.apenasbahia.blogger.com.br/








"A flor que me oferecestes, cheirava a mel."
Cora Coralina

quinta-feira, 25 de novembro de 2010




"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela."

Albert Einstein


domingo, 21 de novembro de 2010

Nossos casulos ..


Quando li Cris Guerra algo chamou minha atenção: "(...) eu me pari mil vezes. Nova, diferente, corajosa. Atirada, confiante, inteira. Aquela urgência que eu não compreendia era a minha urgência de ser." Os processos internos de auto-superação são enriquecedores. Considero mesmo uma morte em vida. Porque quando conseguimos nos libertar de velhos hábitos nada saudáveis e desfrutar de situações novas é como se fosse um renascimento. Houve uma época em que minha filha não subia em elevadores. Na busca do autoconhecimento foi, aos poucos, enfrentando e compreendendo o monstro que habitava em suas cavernas. Hoje ela trabalha no décimo oitavo andar de um edifício.

Eu mesma sempre fui uma motorista passiva. Aquela que fica ao lado do marido indicando quando reduzir, chamando atenção para os quebra-molas ou apertando o pé para frear. Hoje, depois de muitos desentendimentos e algum esforço pessoal, prefiro observar o verde das árvores e o azul mansinho do mar. Desfrutar da posição de carona. Nada fácil, mas possível quando se põe atenção em si mesmo e uma dose considerável de boa vontade. "A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada", dizia Saramago.

Sobre esse assunto, não há manual ou livrinho de regras. Cada qual encontra as luzes para se fortalecer individualmente. É incrível aquela máxima: “Quando o aluno está pronto, o professor aparece.” Porque o conhecimento universal está aí sempre a nossa disposição. Basta que queiramos absorvê-lo e aplicá-lo em nossa vida mesma.

Rubem Alves diz assim: "Quem tenta ajudar a borboleta a sair do casulo a mata. Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói. Há certas coisas que não podem ser ajudadas. Têm que acontecer de dentro para fora." Verdade!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010
















De Nando Reis:
"Quando não se tem mais nada, não se perde nada."

domingo, 14 de novembro de 2010

Casa em ordem ..



Final de ano é sempre uma boa época para fazermos aquele balancinho pessoal. Nossa, como passou rápido! Se lembrarmos do último Natal, observamos que foi ontem. Tudo muito rápido, quase não nos demos conta que já estamos terminando 2010. E aí sabemos que se nos fosse permitido, gostaríamos de voltar no tempo e refazer aquela situação que não ficou bem acabada. Até mesmo, várias situações.
Mas há uma boa notícia: se fizermos do passado um bom professor, aquele que nos deixa uma lição relevante, aí, sim, ainda há tempo de mudança. Isso mesmo, cada vez que arrumamos os tijolinhos do aqui e agora, de maneira mais consciente, certamente colheremos frutos individuais mais saborosos. Pôr a casa em ordem, pôr a alma em ordem o quanto antes. Podemos buscar o que nos falta.
Olha só como o mestre Confúcio arrumou essa história:

Os grandes antigos, quando queriam propagar altas virtudes, punham seus Estados em ordem.
Antes de porem seus Estados em ordem, punham em ordem suas famílias.
Antes de porem em ordem suas famílias, punham em ordem a si próprios.
E antes de porem em ordem a si próprios, aperfeiçoavam suas almas, procurando ser sinceros consigo mesmos e ampliavam ao máximo seus conhecimentos.
A ampliação dos conhecimentos decorre do conhecimento das coisas como elas são (e não como queremos que elas sejam).
Com o aperfeiçoamento da alma e o conhecimento das coisas, o homem se torna completo.
E quando o homem se torna completo, ele fica em ordem.
E quando o homem está em ordem, sua família também está em ordem.
E quando todos os Estados ficam em ordem, o mundo inteiro goza de paz e prosperidade.”

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vontade ..

Acho que dá. Se puser vontade .. Dá.. tenho certeza que dá. Vamos lá! Pega sua espada!

terça-feira, 2 de novembro de 2010


Que lindo!!
Do blog: http://artescomtrastesetraquinagens.blogspot.com/

Nossas entrelinhas ..

Fernando Pessoa dizia: “Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.” Porque realmente quando nos colocamos na escrita deixamos posto muito de nós mesmos. Assim como no diário viver podemos observar as entrelinhas de cada um. Enquanto vamos tocando o que nos cabe viver a cada dia, vamos deixando – através de nossas ações – a nossa marca pessoal, íntima de cada um. Nem todos somos iguais, deixamos nossos detalhes.
É só lembrar as características pessoais de cada um, começando pelos amigos. Alguns agem ou deixam de agir a cada situação diária. Interessante as reações observadas. A leitura das pessoas são as idiossincrasias ou temperamentos peculiares.
E os detalhes que cercam nossa existência, impressos em nossos defeitos e virtudes, são nossas características principais. Se formos observar bem de perto aquilo que é visto como um mero abraço, pode ter sido o alimento fundamental em determinado momento. Um simples olhar ou palavra pode ter trazido o bálsamo, a força necessária para alguns.
Quando algo é visto sem profundidade, sem que se perceba as menores características, é muito mais fácil ser visto como normal e natural. Mas quando se olha diretamente nos detalhes é que se pode ver o real valor ou significado de todas as coisas. Imagino que cada grão de areia diário de todos nós e de nossos semelhantes, cada um de nossos passos são as entrelinhas de que somos autores.
E Machado de Assis sabia apreciar o nosso interior, aquela parte de nós que nos faz ser como somos: “Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto."

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Momentos ..

Foto: divulgação


"Se você está tomando um chá, aprecie o sabor, o formato da xícara, a temperatura. O prazer que este movimento te causa. O chá tem que ser neste momento a coisa mais importante da sua vida."  (Cecília Meireles)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Afinidade ..


Meus filhos me fizeram conhecer canções. Agradeço por isso. Porque algumas delas, posso dizer assim, dão sentido às minhas percepções de vida. E os meninos sacaram que me faria um bem enorme ouvi-las. E fez. Faz muito bem. Apanhei trechos de várias músicas que me tocaram lá no fundo do coração:
“É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê”; “Aponta pra fé e rema.”; “Tempo a gente tem. Quanto a gente dá. Corre o que correr. Custe o que custar.”; “Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom.”; “E se eu fosse o primeiro a voltar. Pra mudar o que eu fiz, Quem então agora eu seria? (...)Vou levando assim. Que o acaso é amigo do meu coração. Quando fala comigo, quando eu sei ouvir.”; “Olha lá, que os bravos são escravos sãos e salvos de sofrer. Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida. Olha lá, quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar. Eu que já não quero mais ser um vencedor. Levo a vida devagar pra não faltar amor”; "Pois se é no ´não´ que se descobre de verdade. O que te sobra além das coisas casuais.";“Pois é de Deus. Tudo aquilo que não se pode ver. E ao amanhã a gente não diz.”; “Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.”
Dá brilho ao que observo como verdades claras. Depois que conheci os autores, esses da foto, percebi uma beleza de amizade. E os dois foram tecendo canções com doçura e sinceridade. Afinidade. Bom quando encontramos parceiros assim. Acho que se buscaram fraternalmente para escrever e cantar. Bom pra quem curte. Sei que alegram meu viver. Olha só a foto do abraço, não fala por si?

domingo, 17 de outubro de 2010

Convivências ..

O papo é sério, não há como negar, vivemos em grupo. Todos fazemos parte de alguns deles. Vamos, assim, recebendo influências de alguns de nossos pares, e influenciando também. Tenho um amigo chamado Franco, tem 85 anos, saúde em dia, campeão de natação e um papo muitíssimo agradável. Ele atua como exemplo pra nossa família. Sempre que precisamos lembrar alguém a quem seguir os passos, logo sabemos: Franco em primeiro lugar. Porque é quem nos aponta que cumprir aquelas sugestões de vida saudável vale a pena de verdade.
Pena que muitas vezes admitimos o que não é tão positivo assim. Eugenio Mussak diz: “O problema é que ninguém, ninguém mesmo, tem a personalidade tão estruturada a ponto de só aceitar influências positivas, sendo refratário àquilo que não convém, que faz sofrer, que prejudica.” Aí é onde metemos os pés pelas mãos e quando se vê: problemas. E Mussak continua na linha `pra frente é que se anda` ou `vivendo e aprendendo´: “Leva tempo, depende de certa dose de sabedoria para viver livre da tirania do outro. Saber o que é bom para si mesmo e ser fiel a seus valores e desejos requer uma dose de maturidade que demanda tempo, estudo, exemplo, lucidez, amorosidade.”
O certo é que a interação com o outro é a principal fonte de percepção de nós mesmos e de tudo o que nos cerca. É algo tão rico que nos faz conhecer o respeito e a possibilidade de semear a verdade, através do diálogo, algo bem além do que há nas aparências. E aí o que mais me completa para entender essa árvore de relacionamentos é quando leio o que diz Antoine de Saint-Exupéry: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desconstruir-se ..



Os orientais são distintos de nós na forma de viver. Somos mais sensoriais em nossos relacionamentos e afazeres cotidianos; enquanto eles buscam algo superior que lhes oriente, que lhes traga o real sentido dos acontecimentos. Sem dúvida, há uma sutilidade na forma de comportamento deles. Assim como, um esforço maior em abrir os olhos e as portas coração. Ou seja, em geral tornam-se menos instintivos e com capacidades mais regenerativas.
Fico imaginando quando se fala em esforço que há sempre uma clara noção de sacrifícios. E imagino que seja assim mesmo, abrir mão de alguns de nossos impulsos ou vontades é dar os passos em busca da mudança de padrões. E esses nossos impulsos ou tendências podem ser bem observados em vários momentos do dia. Já fiz essa experiência. Principalmente ao acordar e começar a me preparar para os exercícios ou caminhadas, recebo umas boas justificativas em pensamentos contrários. Se eu permitir que o menor deles seja alimentado, volto pra cama. É preciso trazer o antídoto muito rapidamente: sacrificar a má vontade e ir adiante. 
O que percebo, na maioria das vezes, é uma necessidade de sair dessa mecanicidade que nos entorpece. Com um olhar mais sensível, poder estar mais próximo do que diz São Paulo aos Coríntios, Cap. 15, Vers. 47: “O primeiro homem é da Terra; o segundo homem, que é do Senhor, é do Céu.”  

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo é relativo ..


Vejo que está em nossas mãos realizar algo que considerávamos não haver tempo suficiente. Digo isso por pura observação de alguns projetos antes nem sonhados, agora concretizados. Há uma molinha secreta que vai impulsionando nossas ações, quando se percebe: pronto, já é! E sem nenhum golpe de passe de mágica. Esforço de verdade. O que fez a diferença? A molinha, o querer profundo, a atitude de proatividade nos detalhes torna possível o improvável. E, claro, uma boa dose de organização, essencial ao sucesso de objetivos.
Rodrigo Amarante na canção Evaporar poeticamente descreve suas descobertas em relação ao tempo que se perde: “O tempo que eu perdi. Só agora eu sei. Aprender a dar. Foi o que ganhei.” Concordo que no aprendizado estão muitas das chaves que precisamos para nos guiar. Porque no aspecto da inquietação consigo mesmo ou da forma como atuamos é que se move a forma como firmemente rompemos obstáculos. 

E Caetano Veloso escreveu uma oração, Oração ao Tempo. Depois de chamar o tempo de compositor dos destinos, ele diz: “Por seres tão inventivo. E pareceres contínuo. Tempo, tempo, tempo, tempo. És um dos deuses mais lindos. Tempo, tempo, tempo, tempo.”  Uma relação de possibilidades, movida por descontinuidade e soberania. A conexão com a Divindade, acredito, é onde estão as ajudas e os impulsos para a verdadeira superação.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Envelhecer ..


Música boa é fundamental em nossas vidas. Faz um tempinho, descobri o http://www.naturamusical.com.br/#/default/.mus Site em que a gente pode escolher o tipo de música que quer ouvir. Escolhemos por tema. Por exemplo, pode clicar em ´Ler´ e começa um fundinho musical próprio para quem está fazendo leituras. Há várias opções: colorir, viajar, suspirar, despertar ... Pra quem recebe estímulos pelas notas musicais é uma beleza.
Não consigo ficar sem ouvi-las, interpretá-las. Gosto de perceber as letras e pensar na sutileza que é construi-las: “A coisa mais moderna que existe nesta vida é envelhecer  ...  Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer.” Arnaldo Antunes, em ritmo de iê iê iê. Uma bela canção sobre como utilizar os anos que nos restam para estar no meio do cilcone e pode aproveitar. O cilcone da própria vida, continua ele: “Não sei porque essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender.”
É quase um tratado, um manualzinho sobre a velhice consciente e, acima de tudo, feliz. Porque ele tem o cuidado, a plena capacidade de rir de si mesmo e refrigerar as descobertas. Quase o mesmo sentido que Leonardo Boff descreve, em 12 de dezembro de 2008, quando completou 70 anos, em Oficialmente Velho. Texto riquíssimo, transcendental porque desvenda com clareza os objetivos do crescimento humano. E aí, de entendimento em entendimento, há o que Boff aprende com Herzer, menina de rua e poetisa: "eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver." Enriqueçamos o tempo que ainda temos: “Estamos sempre em gênese.”

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Recriar ..



Gosto de apreciar a beleza do efeito que algumas palavras causam em nós: "Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre." Cora Coralina.  Não sei em você, mas percebo que fica lá dentro impresso em mim o desejo pleno de realizar a verdade entranhada na energia do rejuvenescimento, da recriação. Alguns poetas e escritores são mestres em provocar estados assim. Sabedoria! Renovação de esperança.
Depois Cora continua: "Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça." Que coisa mais bonitinha de se ouvir. Ok, já que temos que recomeçar, recriar, que seja com doçura, alegria, mais uma vez com esperança. Enchendo a alma de coragem e impulso para seguir em frente. Não é assim?
Porque as pedras, aquela parte da constante luta entre o bem e o mal no Universo, no Cosmos e dentro de nós mesmos, exige que tracemos estratégias. Aí entra a poesia. A leveza das palavras substitui com muita inteligência as densidades negativas. Um bálsamo pra alma. Impulsiona, aí assim, o efeito contrário: a atitude adequada. E só mais uma fofura de Cora, só mais essa: “Coração é terra que ninguém vê.”

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sorrir é imã, traz luz!




















Não sei quanto a você, mas eu me viro. Cotidiano preto e branco não dá. Preciso colocar cores.  Arthur Schoppenhauer diz: “Todo homem toma seu campo de visão como o limite do mundo”. No que está ao meu alcance prefiro a sintonia da alegria, da motivação interior. Quando sinto que há uma nuvem cinza estranha, consulto em meus arquivos as possibilidades de conduzir-me com mais talento. Porque buscar o positivismo depende de vontade individual.
Faz pouco tempo ouvir rock cedinho, me fez acordar e perceber que aquela sintonia vibrante apagava qualquer pontinho de tristeza. Falo de uma negatividade que às vezes insiste em atrapalhar nosso entorno. E os alimentos que buscamos fazem toda a diferença mesmo, porque tem que ter sinceridade, verdade pulsante. Tanto com os alimentos físicos quanto com as impressões e emoções.
Escolho compartilhar sentimentos e pensamentos mais limpos. Há um provérbio chinês que diz que o tempo em que passamos a rir é o tempo que passamos com os deuses. Olha só a grandeza de caminhos que nos dá o nutriente do sorriso!
Bom, o cardápio é farto. Além da música, dos amigos e das flores, a aquarela da alegria pode ser pincelada com impulsos e frequências diversas. E simples! Nada de complicar.  E Calvin, aquele meu personagem preferido das tirinhas, resumiu tudo assim: “Se no final do dia seus joelhos não estão ralados de tanto brincar, você tem que rever os conceitos de sua vida.” 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A sorte do abismo.

Decisão é ouro, tesouro mais raro. Eixo. Porque depois das dúvidas, das incertezas, pisar num terreno sólido e firme é como achar a saída. Quando ouço os versos de Depois do Perigo, de Zélia Duncan, vejo que é isso aí. Muitas vezes o abismo é que norteia a clareza das idéias. “Não, não me aqueça. Hoje eu quero o frio. O vazio. Que a sorte deixou aqui. Quero sentir a altura do abismo. Pra eu poder subir depois do perigo.” Exige força, coragem!
A limpeza, a catarse passa por análises. Costumo criar nortes a partir de elementos que reforcem a segurança dos processos. Cada um tem suas lanterninhas para efetivar as opções. Gosto de acender primeiro as do amor e da fé para clarear as incertezas e inquietações.O caminho fica mais tranquilo se sinto paz e doçura no coração.
Bacana, bacana mesmo é quando subimos à tona por nós mesmos. Aponta amadurecimento. E a canção de Zélia continua: “Não, não me acalme com silabas doces. Hoje eu quero o açoite das palavras rudes. Pra que eu possa me defender em atitudes. Não, por favor hoje não me proteja. Para que eu finalmente veja. O que a vida reservou para mim.” Vê, fala daquela parte em que o sofrimento e a solidão são como lentes que vão ampliando o prisma da força que traz a compreensão, o entendimento daquilo que nos cabe viver. 
Segundo Aristóteles é a purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama. Melhor perceber a sorte da escuridão. 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ser o senhor e ser a presa, dom da natureza!

Olha só o amor em canção. A beleza e a profundidade do amor em palavras. Ler e inspirar. Inspirar e viver. Andei respirando e percebendo como a luz penetra em nossas mais profundas cavernas, na escuridão. Matar a sede e caminhar. Ativar. Calado, sem latim! Silêncio e som! Coisas da vida! 

Nunca é igual
Se for bem natural
Se for de coração
Além do bem e do mal
Coisas da vida

O amor enfim
Ficou senhor de mim
E eu fiquei assim
Calado, sem latim
Coisas da vida

Como foi que eu cheguei aqui
Quem me diria que esse era meu fim
Olho no teu olhar
A festa de estar
De bem com a vida

O luar girou
A sorte me pegou
Tesouro
Te encontrei sem garimpar
No ouro da paixão
Na febre da paixão
Que estão em mim

Ser o senhor e ser a presa
É um mistério, a maior beleza
Amor é dom da natureza
Amar é laço que não escraviza

Nunca é igual
Se for bem natural
Se for de coração
Além do bem e do mal
Coisas da vida. . .

O amor enfim ficou Senhor de mim
E eu fiquei assim,
Calado sem latim
Coisas da vida

Como foi que eu chequei aqui
Quem me diria que esse era meu fim
Olho no seu olhar
Na festa de estar
De bem com a vida
O luar girou a sorte me pegou
Tesouro,
Te encontrei sem garimpar
No ouro da paixão,
Na febre da paixão que estão em mim

Ser o que serve e é servido
Só o amor é tão bonito
Ser o que planta e sentar à mesa
Amor é dom da natureza
Água que limpa e mata a nossa sede
Sede de viver
De deixar viver
De fazer viver
E de ser feliz
[Milton Nascimento]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Admito que perdi ..




Opss .. vi que essa vida é mesmo um joguinho diário a que nos cabe participar. E participar da melhor forma, com a melhor performance . É o que queremos, é para o que nos propomos. Vida .. vida .. uma eterna criança brincalhona! Já ouvi em algum lugar essa frase. Porque ela se apresenta e nós, desatentos, vamos jogando fora as oportunidades. Quantas chances de fazer melhor. Acertar dessa vez. E aí? Desperdiçamos. Ficamos enebriados com os giros e nos perdemos nos raios da roda da vida.
Sabemos os passos a serem dados. Já está tudo revelado. E nós vamos recebendo o aviso: sua vez de jogar. Quando é lançado o dado, estamos distraídos por uma série de pensamentos, sentimentos, preocupações, angústias e egoísmos. E aí perdemos a oportunidade de pôr em prática o que já sabíamos.
Durante aquela partida eu teria que ter lembrado as palavras do sábio Confúcio: “O Mestre disse: quem se modera, raramente se perde.” A operadora de telemarketing recebeu toda a aridez que eu poderia expressar. Boa chance para ter usado as ferramentas que a inteligência emocional ricamente oferece. Fica a lição! Se terei outra chance? Não sei. O certo é que perdi um excelente momento de cuidar da relação, como deve ser. É .. aquela parte do jogo que você está sob pressão e percebe que pode dar o melhor de si. O que o guru Ram Charam, por exemplo, costuma lembrar com freqüência:  “O elo perdido entre a estratégia e o resultado é a atitude.” Posso escolher melhor as peças.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Canção particular.

Outro dia ouvi que há um maestro em nós. Penso que cada um emite a sua nota. E a sintonia segue as orientações de nossas emoções, pensamentos e impulsos mais secretos. Fico imaginando que quando as vibrações internas começam a se movimentar, o todo em nossa volta inicia os processos silenciosos e profundos da plasmação. E aí: acontecem os fatos. A vida!
E Rubem Alves explica assim: “Toda alma é uma música que se toca.” Uma beleza de entendimento. Dizem que verdadeiramente podemos expressar com naturalidade tudo o que sentimos e pensamos. Para isso é fundamental ética e respeito mútuo.
Pesquisando sobre Taquigrafia, li sobre Charles Dickens, romancista inglês, que também foi taquígrafo por algum período. Gostava de ler intensamente e deixou alguns romances e contos. Olha só que interessante o que ele escreveu: “O coração humano é um instrumento de muitas cordas; o perfeito conhecedor dos homens sabe fazer vibrar a todas, como um bom músico.” Ele acrescenta aí os ingredientes do amor. Puro sentimento de calor. Traduzindo: solidariedade, acolhimento, gratidão, retribuição e consideração exterior. Proponho afinarmos nossos instrumentos internos a todo instante.  Orquestrando assim, interpretamos a obra com claridade numa melodia individual mais limpa, bela e artesanal.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Lente e a Lótus ..

Lost in Japan, um blog. Um barquinho, uma lente, alguém por trás e um lago cheio de Flor de Lótus. Lotus Lake Denpark. A Nymphaea lotus  é uma planta aquática com flor. É natural do leste de África e do Sudeste Asiático, onde tem preferência por águas paradas, límpidas, mornas e ligeiramente ácidas. A sua flor branca, por vezes tingida de rosa, é conhecida por abrir durante a noite e fechar de manhã, mantendo-se assim até ao anoitecer. Restos de flores desta espécie foram encontrados na câmara funerária de Ramsés II. Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes. Beleza e perfeição da natureza. Olha só:

domingo, 25 de julho de 2010

Coisas que Amo!


 Conversar-ver estrelas-chá-namorar-ler-bolo quente-mar-caminhar-lichia-ficar em casa-escrever-dançar-gelo-muito gelo-flores-viajar-ouvir música-aprender-doce de banana-filmes-sapato novo-rir-trabalhar-surpresa-poesia-amanhecer-tapioca-chorar-ir adiante-abraço-cheiro de bebê-vinho-pôr do sol-superar-roupa limpa-verdade-teatro-pipoca-amizade-pracinha-sol-cantar-picolé-presente-pijama-queijo quente-compreensão-chocolate-cheiro de chuva-sombra de árvore-vela-vencer o medo-esperança-azul-conexão-gratidão-Calvin e Haroldo-coragem-começar-terminar-viver!

sábado, 24 de julho de 2010

Simples assim!













Rotinas existem para nos orientar. São saudáveis. Não há mal em se sentir agradavelmente bem após o banho matinal. Beleza! Os exageros é que estão fora de lugar. Aliás, insistimos em passar do ponto. Pra mais ou pra menos. "Deve-se governar uma grande nação como se cozinha um pequeno peixe. Sem exagero." (Lao Tsé) Vê, um pequeno peixe é algo tão simples de se preparar que olhando assim, não imaginamos motivos para complicar o cozimento.
Posso dizer que todas as vezes em que observei o comportamento humano elegante, percebi total desprendimento de vaidades ou complicações. Por isso simplicidade. A cada dia torno-me mais e mais adepta ao cotidiano sem exageros. O que quero dizer é que saibamos aproveitar os pequenos e deliciosos prazeres do dia a dia, as rotinas agradáveis. Aquilo que Nando Reis poeticamente traduz em: “O que me faz feliz são coisas pequenas. Um lindo arco-íris riscando o fim de tarde.”
É apenas uma questão de perceber a alegria experimentada por desempenhar com leveza hábitos que, muitas vezes, automatizamos. Olha, entendo que priorizar e cultivar a atenção em si é uma bússola íntima enriquecedora. Porque robustece as nossas escolhas.
A gente nem se dá conta mas os gregos, aqueles que encontravam explicação para tudo, pelas forças emanadas pelo monte Olimpo, diziam que a relação do homem com o tempo se complicava justamente pela tensão que existe entre ambos. Sutilizemo-nos. Dizem fazer uma grande diferença em nossa saúde.

domingo, 18 de julho de 2010

Assim como nós perdoamos ..


A palavra perdoar vem do latim vulgar perdonare. É formada pela junção do prefixo per (através de) com a palavra donare, que representa o ato de doar ou, melhor ainda, dar-se. Dar o melhor de si; dar amor, compreensão e compaixão. Nada fácil. Porém quando praticamos esse gesto com total profundidade, experimentamos a libertação do outro, e mais ainda: de nós mesmos.
Faz alguns anos, estava assistindo a uma palestra no colégio de meus filhos, e o orador solicitou que praticássemos ali, naquele instante, o exercício do perdão. Através da imaginação criadora, deveríamos pensar em alguém com quem tivemos algum tipo de contrariedade. Deveríamos imaginar essa pessoa de um lado da ponte, e nós do outro lado. O exercício seria o de atravessar a ponte, libertando-nos – pelo caminho - dos sentimentos negativos que envolviam nosso relacionamento com aquela pessoa. Criando uma atmosfera de paz entre nós duas. Até que chegaríamos do outro lado e a abraçávamos. Podíamos pedir ajuda à divindade. Posso dizer que ali percorri todos os passos mentalmente e até abracei a pessoa.
Saindo dali, observei que faltava a parte mais importante: realizar o mesmo ato no coração. E para isso, sim, foi exigido de mim mesma desenvolver ações que correspondessem ao sentimento de libertá-la dos meus ressentimentos e mágoas. Compreender verdadeiramente que havia errado, porém eu poderia entender isso. E consegui dar os passos necessários. Foi preciso muita coragem, compreensão e doação, mas dei o abraço pessoalmente.
O Pai Nosso, a oração mais importante entre os cristãos – ensinada pelo próprio Cristo –considera o perdão uma forma de estabelecer uma relação com Deus e com os homens. “Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido”. Erramos, falhamos, mas esperamos sempre ser perdoados pelo Pai. Logo em seguida pedimos força para evitar as tentações e proteção contra os infortúnios da vida. Sim, o perdão precede a proteção e a segurança.
E Mahatma Gandhi dizia com muita sabedoria: "O fraco jamais perdoa, o perdão é característica do forte." Isso é muito encorajador. Debilita os movimentos dos defeitos. Traz possibilidades para nosso egoísmo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Luz ..


Há biografias tão ricas que valem como tesouros a serem explorados. São exemplos. Aliás, sou tocada sempre por verdades. Experiências. Alguns depoimentos sintetizam flashes da vida de nossos semelhantes. Instantes dolorosos que agora apontam caminhos, trilhas traçadas para sair das encruzilhadas. Dificuldades vivenciadas. Tempestades em nosso interior. “Aquilo que não me mata, só me fortalece”, dizia Nietzsche.
Alguns nos entregam com leveza, sabedoria e fé suas histórias. Confiam e se desnudam. Faz pouco tempo, presenciei uma amiga querida saindo de um desses abismos. Revelando claramente, esquadrinhando suas angústias e percebendo que os diamantes para seguir adiante estão dentro dela própria. Há que colher as pistas que a Divindade aponta amorosamente. "Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura. Quem beber daquela água não terá mais amargura.” Diz Paulinho da Viola.
São, na verdade, oportunidades de alinharmos algum ponto torto ou nos aproximarmos mais do que é divino e sagrado. Sempre há uma lição ou muitas. Conhecer Jill Taylor, neuorcientista de Havard, que após um derrame cerebral e 8 anos de recuperação deixa registrada a sua experiência, é algo grandioso. Mudança de pensamento, de vida. Do modo cientista cartesiano para a espiritualização da alma.
Vão os links do vídeo da Dra. Jill Taylor. Os 2 são iguais, tenta um ou outro. São 18 minutos. Vale muito à pena. Uma inspiração pra todos nós.
[Antes escolhe a legenda --> VIEW SUBTITLES (Português-Brazil]


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bola de meia .. Bola de gude ..


Momentos difíceis nos fazem sacar o que temos internamente para enfrentá-los. Andei observando que é melhor lapidar. Melhor polir diariamente. Explico: quanto mais buscamos compreensão e luz para nossas debilidades, melhores as chances de eliminá-las. Tudo muda a cada instante. E o mundo anda cheio dos doutores-sabem-de-tudo-a-todo-instante.
Quando Sócrates proferiu “Tudo o que sei é que nada sei”, deixava entre nós uma verdade eterna. Uma lição de humildade também. Prefiro essa sintonia. Lá no íntimo me faz muito bem.
Hoje vivemos o mundo das possibilidades. Acelerado, inconstante, estressante, sim, mas continua sendo o mundo das possibilidades, basta que estejamos atentos. Mas para estar atento, antes há que se saber incompleto. Energeticamente faz di-fe-ren-ça.
E as emoções? Sim, busquemos emoções adequadas. Aquela história do bambu, sabe? Todos já ouvimos sobre a flexibilidade e a resistência. O equilíbrio. O caminho do meio.
E nesse quesito Milton Nascimento brilha. Ele nos mostra quem manda em nosso coração. Quem dirige. Quem está no comando: um menino, moleque. E toda a vez que o adulto ou a tristeza balançam, ele saca essa criança. É ela quem o modifica.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Semear


Acredito que a vida é feita de escolhas. Porque é assim. Acredito que é mesmo um grande teatro e temos um papel. Todos temos um papel. É preciso perceber, observar, intuir. Ou seja, viver.  Seguir o leme. Firme e amorosamente. Estar em sintonia com o que se pensa, o que se faz e que se diz. Aqueles que têm mais tempo por aqui já deixaram várias vezes algum tipo de sinalização sobre o grande palco: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Essa é Cora Coralina.
Sei que complicamos. Busquemos a simplicidade, a interiorização de propósitos pessoais. Fica mais agradável, menos aborrecido. Deixar sementes significa buscar luz para clarear o mundo interno particular de cada um. A partir daí encontramos esperança que se traduz em valores. Passo a passo. “Conhecer os outros é sabedoria. Conhecer-se a si próprio é sabedoria superior” Lao-Tsé. Com certeza em cada um está a profundidade e a qualidade das sementes.
Colher é acreditar. 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ai que lindo!!

VOX ANGELI = Impossível não compartilhar =

Desapego ..


Estive lembrando situações em que sentimos apego. E não foi nada difícil recordar algum objeto, lugar, pensamento ou até mesmo pessoas a quem nos tornamos, de certa forma, dependentes. Quando morei por alguns anos em Fortaleza, adorava fazer caminhadas na Beira Mar. Ali havia o Ponto do Guaraná, barraquinha que vendia o delicioso suco de limão com guaraná. Sempre que acabava a caminhada, era bem refrescante o suco geladíssimo. Às vezes eu estava em casa, uma chuva fortíssima, logicamente dia sem caminhada, e a vontade de tomar o suco estava lá, viva. Já tinha criado o hábito. Nada saudável. E como foi difícil ficar livre, por meu próprio esforço, de tomá-lo todos os dias.

Acredito que esse tipo de apego é comum também entre pessoas. Rubem Alves diz que “Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.” Verdade. Porque o verdadeiro amor é assim. Só que fomos acostumados a vivê-lo de forma possessiva. E em nosso cotidiano tudo se renova a todo instante. Mudamos de fase, de emprego, de bairro, de cidade. Pode parecer absurdo, mas integrar a morte em nossas vidas nos ajuda a viver mais plenamente. Eugenio Mussak diz: “Como não sabemos, só nos resta acreditar. E crença é imaginação, não certeza, mas seu poder é irrefutável, pois é capaz de usar os pensamentos para acalmar os sentimentos. No fim é isto que importa, pensar e sentir para poder viver. Há apenas dois modos de abordar a morte enquanto existe vida: ignorá-la ou pensá-la. A primeira de nada adianta, enquanto a segunda ao menos traz mais cartas para o jogo da vida, criando novas perspectivas.”

Ampliemos nossa compreensão. Enfim busquemos soluções para aqueles problemas adiados, como se o tempo não passasse. É só perceber o que já terminou em nossas vida, e não reconhecemos. Muitas vezes nos apegamos a situações que já não fazem mais sentido, somente pela rotina. Despedir-se faz bem. Recomendo o Pequeno Buda, filme belíssimo. Uma verdadeira lição ver os monges tibetanos destruindo as mandalas de areia, exercitando a impermanência, a generosidade, a entrega, a aceitação e o desapego. E olha que as mandalas são verdadeiras obras de arte, feitas minuciosamente. Coragem pra todos nós!