quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Afinidade ..


Meus filhos me fizeram conhecer canções. Agradeço por isso. Porque algumas delas, posso dizer assim, dão sentido às minhas percepções de vida. E os meninos sacaram que me faria um bem enorme ouvi-las. E fez. Faz muito bem. Apanhei trechos de várias músicas que me tocaram lá no fundo do coração:
“É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê”; “Aponta pra fé e rema.”; “Tempo a gente tem. Quanto a gente dá. Corre o que correr. Custe o que custar.”; “Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom.”; “E se eu fosse o primeiro a voltar. Pra mudar o que eu fiz, Quem então agora eu seria? (...)Vou levando assim. Que o acaso é amigo do meu coração. Quando fala comigo, quando eu sei ouvir.”; “Olha lá, que os bravos são escravos sãos e salvos de sofrer. Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida. Olha lá, quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar. Eu que já não quero mais ser um vencedor. Levo a vida devagar pra não faltar amor”; "Pois se é no ´não´ que se descobre de verdade. O que te sobra além das coisas casuais.";“Pois é de Deus. Tudo aquilo que não se pode ver. E ao amanhã a gente não diz.”; “Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.”
Dá brilho ao que observo como verdades claras. Depois que conheci os autores, esses da foto, percebi uma beleza de amizade. E os dois foram tecendo canções com doçura e sinceridade. Afinidade. Bom quando encontramos parceiros assim. Acho que se buscaram fraternalmente para escrever e cantar. Bom pra quem curte. Sei que alegram meu viver. Olha só a foto do abraço, não fala por si?

domingo, 17 de outubro de 2010

Convivências ..

O papo é sério, não há como negar, vivemos em grupo. Todos fazemos parte de alguns deles. Vamos, assim, recebendo influências de alguns de nossos pares, e influenciando também. Tenho um amigo chamado Franco, tem 85 anos, saúde em dia, campeão de natação e um papo muitíssimo agradável. Ele atua como exemplo pra nossa família. Sempre que precisamos lembrar alguém a quem seguir os passos, logo sabemos: Franco em primeiro lugar. Porque é quem nos aponta que cumprir aquelas sugestões de vida saudável vale a pena de verdade.
Pena que muitas vezes admitimos o que não é tão positivo assim. Eugenio Mussak diz: “O problema é que ninguém, ninguém mesmo, tem a personalidade tão estruturada a ponto de só aceitar influências positivas, sendo refratário àquilo que não convém, que faz sofrer, que prejudica.” Aí é onde metemos os pés pelas mãos e quando se vê: problemas. E Mussak continua na linha `pra frente é que se anda` ou `vivendo e aprendendo´: “Leva tempo, depende de certa dose de sabedoria para viver livre da tirania do outro. Saber o que é bom para si mesmo e ser fiel a seus valores e desejos requer uma dose de maturidade que demanda tempo, estudo, exemplo, lucidez, amorosidade.”
O certo é que a interação com o outro é a principal fonte de percepção de nós mesmos e de tudo o que nos cerca. É algo tão rico que nos faz conhecer o respeito e a possibilidade de semear a verdade, através do diálogo, algo bem além do que há nas aparências. E aí o que mais me completa para entender essa árvore de relacionamentos é quando leio o que diz Antoine de Saint-Exupéry: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desconstruir-se ..



Os orientais são distintos de nós na forma de viver. Somos mais sensoriais em nossos relacionamentos e afazeres cotidianos; enquanto eles buscam algo superior que lhes oriente, que lhes traga o real sentido dos acontecimentos. Sem dúvida, há uma sutilidade na forma de comportamento deles. Assim como, um esforço maior em abrir os olhos e as portas coração. Ou seja, em geral tornam-se menos instintivos e com capacidades mais regenerativas.
Fico imaginando quando se fala em esforço que há sempre uma clara noção de sacrifícios. E imagino que seja assim mesmo, abrir mão de alguns de nossos impulsos ou vontades é dar os passos em busca da mudança de padrões. E esses nossos impulsos ou tendências podem ser bem observados em vários momentos do dia. Já fiz essa experiência. Principalmente ao acordar e começar a me preparar para os exercícios ou caminhadas, recebo umas boas justificativas em pensamentos contrários. Se eu permitir que o menor deles seja alimentado, volto pra cama. É preciso trazer o antídoto muito rapidamente: sacrificar a má vontade e ir adiante. 
O que percebo, na maioria das vezes, é uma necessidade de sair dessa mecanicidade que nos entorpece. Com um olhar mais sensível, poder estar mais próximo do que diz São Paulo aos Coríntios, Cap. 15, Vers. 47: “O primeiro homem é da Terra; o segundo homem, que é do Senhor, é do Céu.”