terça-feira, 27 de julho de 2010

A Lente e a Lótus ..

Lost in Japan, um blog. Um barquinho, uma lente, alguém por trás e um lago cheio de Flor de Lótus. Lotus Lake Denpark. A Nymphaea lotus  é uma planta aquática com flor. É natural do leste de África e do Sudeste Asiático, onde tem preferência por águas paradas, límpidas, mornas e ligeiramente ácidas. A sua flor branca, por vezes tingida de rosa, é conhecida por abrir durante a noite e fechar de manhã, mantendo-se assim até ao anoitecer. Restos de flores desta espécie foram encontrados na câmara funerária de Ramsés II. Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes. Beleza e perfeição da natureza. Olha só:

domingo, 25 de julho de 2010

Coisas que Amo!


 Conversar-ver estrelas-chá-namorar-ler-bolo quente-mar-caminhar-lichia-ficar em casa-escrever-dançar-gelo-muito gelo-flores-viajar-ouvir música-aprender-doce de banana-filmes-sapato novo-rir-trabalhar-surpresa-poesia-amanhecer-tapioca-chorar-ir adiante-abraço-cheiro de bebê-vinho-pôr do sol-superar-roupa limpa-verdade-teatro-pipoca-amizade-pracinha-sol-cantar-picolé-presente-pijama-queijo quente-compreensão-chocolate-cheiro de chuva-sombra de árvore-vela-vencer o medo-esperança-azul-conexão-gratidão-Calvin e Haroldo-coragem-começar-terminar-viver!

sábado, 24 de julho de 2010

Simples assim!













Rotinas existem para nos orientar. São saudáveis. Não há mal em se sentir agradavelmente bem após o banho matinal. Beleza! Os exageros é que estão fora de lugar. Aliás, insistimos em passar do ponto. Pra mais ou pra menos. "Deve-se governar uma grande nação como se cozinha um pequeno peixe. Sem exagero." (Lao Tsé) Vê, um pequeno peixe é algo tão simples de se preparar que olhando assim, não imaginamos motivos para complicar o cozimento.
Posso dizer que todas as vezes em que observei o comportamento humano elegante, percebi total desprendimento de vaidades ou complicações. Por isso simplicidade. A cada dia torno-me mais e mais adepta ao cotidiano sem exageros. O que quero dizer é que saibamos aproveitar os pequenos e deliciosos prazeres do dia a dia, as rotinas agradáveis. Aquilo que Nando Reis poeticamente traduz em: “O que me faz feliz são coisas pequenas. Um lindo arco-íris riscando o fim de tarde.”
É apenas uma questão de perceber a alegria experimentada por desempenhar com leveza hábitos que, muitas vezes, automatizamos. Olha, entendo que priorizar e cultivar a atenção em si é uma bússola íntima enriquecedora. Porque robustece as nossas escolhas.
A gente nem se dá conta mas os gregos, aqueles que encontravam explicação para tudo, pelas forças emanadas pelo monte Olimpo, diziam que a relação do homem com o tempo se complicava justamente pela tensão que existe entre ambos. Sutilizemo-nos. Dizem fazer uma grande diferença em nossa saúde.

domingo, 18 de julho de 2010

Assim como nós perdoamos ..


A palavra perdoar vem do latim vulgar perdonare. É formada pela junção do prefixo per (através de) com a palavra donare, que representa o ato de doar ou, melhor ainda, dar-se. Dar o melhor de si; dar amor, compreensão e compaixão. Nada fácil. Porém quando praticamos esse gesto com total profundidade, experimentamos a libertação do outro, e mais ainda: de nós mesmos.
Faz alguns anos, estava assistindo a uma palestra no colégio de meus filhos, e o orador solicitou que praticássemos ali, naquele instante, o exercício do perdão. Através da imaginação criadora, deveríamos pensar em alguém com quem tivemos algum tipo de contrariedade. Deveríamos imaginar essa pessoa de um lado da ponte, e nós do outro lado. O exercício seria o de atravessar a ponte, libertando-nos – pelo caminho - dos sentimentos negativos que envolviam nosso relacionamento com aquela pessoa. Criando uma atmosfera de paz entre nós duas. Até que chegaríamos do outro lado e a abraçávamos. Podíamos pedir ajuda à divindade. Posso dizer que ali percorri todos os passos mentalmente e até abracei a pessoa.
Saindo dali, observei que faltava a parte mais importante: realizar o mesmo ato no coração. E para isso, sim, foi exigido de mim mesma desenvolver ações que correspondessem ao sentimento de libertá-la dos meus ressentimentos e mágoas. Compreender verdadeiramente que havia errado, porém eu poderia entender isso. E consegui dar os passos necessários. Foi preciso muita coragem, compreensão e doação, mas dei o abraço pessoalmente.
O Pai Nosso, a oração mais importante entre os cristãos – ensinada pelo próprio Cristo –considera o perdão uma forma de estabelecer uma relação com Deus e com os homens. “Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tenha ofendido”. Erramos, falhamos, mas esperamos sempre ser perdoados pelo Pai. Logo em seguida pedimos força para evitar as tentações e proteção contra os infortúnios da vida. Sim, o perdão precede a proteção e a segurança.
E Mahatma Gandhi dizia com muita sabedoria: "O fraco jamais perdoa, o perdão é característica do forte." Isso é muito encorajador. Debilita os movimentos dos defeitos. Traz possibilidades para nosso egoísmo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Luz ..


Há biografias tão ricas que valem como tesouros a serem explorados. São exemplos. Aliás, sou tocada sempre por verdades. Experiências. Alguns depoimentos sintetizam flashes da vida de nossos semelhantes. Instantes dolorosos que agora apontam caminhos, trilhas traçadas para sair das encruzilhadas. Dificuldades vivenciadas. Tempestades em nosso interior. “Aquilo que não me mata, só me fortalece”, dizia Nietzsche.
Alguns nos entregam com leveza, sabedoria e fé suas histórias. Confiam e se desnudam. Faz pouco tempo, presenciei uma amiga querida saindo de um desses abismos. Revelando claramente, esquadrinhando suas angústias e percebendo que os diamantes para seguir adiante estão dentro dela própria. Há que colher as pistas que a Divindade aponta amorosamente. "Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura. Quem beber daquela água não terá mais amargura.” Diz Paulinho da Viola.
São, na verdade, oportunidades de alinharmos algum ponto torto ou nos aproximarmos mais do que é divino e sagrado. Sempre há uma lição ou muitas. Conhecer Jill Taylor, neuorcientista de Havard, que após um derrame cerebral e 8 anos de recuperação deixa registrada a sua experiência, é algo grandioso. Mudança de pensamento, de vida. Do modo cientista cartesiano para a espiritualização da alma.
Vão os links do vídeo da Dra. Jill Taylor. Os 2 são iguais, tenta um ou outro. São 18 minutos. Vale muito à pena. Uma inspiração pra todos nós.
[Antes escolhe a legenda --> VIEW SUBTITLES (Português-Brazil]


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bola de meia .. Bola de gude ..


Momentos difíceis nos fazem sacar o que temos internamente para enfrentá-los. Andei observando que é melhor lapidar. Melhor polir diariamente. Explico: quanto mais buscamos compreensão e luz para nossas debilidades, melhores as chances de eliminá-las. Tudo muda a cada instante. E o mundo anda cheio dos doutores-sabem-de-tudo-a-todo-instante.
Quando Sócrates proferiu “Tudo o que sei é que nada sei”, deixava entre nós uma verdade eterna. Uma lição de humildade também. Prefiro essa sintonia. Lá no íntimo me faz muito bem.
Hoje vivemos o mundo das possibilidades. Acelerado, inconstante, estressante, sim, mas continua sendo o mundo das possibilidades, basta que estejamos atentos. Mas para estar atento, antes há que se saber incompleto. Energeticamente faz di-fe-ren-ça.
E as emoções? Sim, busquemos emoções adequadas. Aquela história do bambu, sabe? Todos já ouvimos sobre a flexibilidade e a resistência. O equilíbrio. O caminho do meio.
E nesse quesito Milton Nascimento brilha. Ele nos mostra quem manda em nosso coração. Quem dirige. Quem está no comando: um menino, moleque. E toda a vez que o adulto ou a tristeza balançam, ele saca essa criança. É ela quem o modifica.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Semear


Acredito que a vida é feita de escolhas. Porque é assim. Acredito que é mesmo um grande teatro e temos um papel. Todos temos um papel. É preciso perceber, observar, intuir. Ou seja, viver.  Seguir o leme. Firme e amorosamente. Estar em sintonia com o que se pensa, o que se faz e que se diz. Aqueles que têm mais tempo por aqui já deixaram várias vezes algum tipo de sinalização sobre o grande palco: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Essa é Cora Coralina.
Sei que complicamos. Busquemos a simplicidade, a interiorização de propósitos pessoais. Fica mais agradável, menos aborrecido. Deixar sementes significa buscar luz para clarear o mundo interno particular de cada um. A partir daí encontramos esperança que se traduz em valores. Passo a passo. “Conhecer os outros é sabedoria. Conhecer-se a si próprio é sabedoria superior” Lao-Tsé. Com certeza em cada um está a profundidade e a qualidade das sementes.
Colher é acreditar.