Decisão é ouro, tesouro mais raro. Eixo. Porque depois das dúvidas, das incertezas, pisar num terreno sólido e firme é como achar a saída. Quando ouço os versos de Depois do Perigo, de Zélia Duncan, vejo que é isso aí. Muitas vezes o abismo é que norteia a clareza das idéias. “Não, não me aqueça. Hoje eu quero o frio. O vazio. Que a sorte deixou aqui. Quero sentir a altura do abismo. Pra eu poder subir depois do perigo.” Exige força, coragem!
A limpeza, a catarse passa por análises. Costumo criar nortes a partir de elementos que reforcem a segurança dos processos. Cada um tem suas lanterninhas para efetivar as opções. Gosto de acender primeiro as do amor e da fé para clarear as incertezas e inquietações.O caminho fica mais tranquilo se sinto paz e doçura no coração.
Bacana, bacana mesmo é quando subimos à tona por nós mesmos. Aponta amadurecimento. E a canção de Zélia continua: “Não, não me acalme com silabas doces. Hoje eu quero o açoite das palavras rudes. Pra que eu possa me defender em atitudes. Não, por favor hoje não me proteja. Para que eu finalmente veja. O que a vida reservou para mim.” Vê, fala daquela parte em que o sofrimento e a solidão são como lentes que vão ampliando o prisma da força que traz a compreensão, o entendimento daquilo que nos cabe viver.
Segundo Aristóteles é a purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama. Melhor perceber a sorte da escuridão.
Me fez lembrar uma frase de René Descartes: "Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos."
ResponderExcluirBonita reflexão, Leitores e Cinéfilos!
ResponderExcluirA mente sozinha se perde, acumula lixo, como diz R Descartes. Completa-se quando unida ao coração. Transforma-se em consciência. Não é assim? Bom quando agimos com esse equilíbrio.
Obrigada sempre.