segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sorrir é imã, traz luz!




















Não sei quanto a você, mas eu me viro. Cotidiano preto e branco não dá. Preciso colocar cores.  Arthur Schoppenhauer diz: “Todo homem toma seu campo de visão como o limite do mundo”. No que está ao meu alcance prefiro a sintonia da alegria, da motivação interior. Quando sinto que há uma nuvem cinza estranha, consulto em meus arquivos as possibilidades de conduzir-me com mais talento. Porque buscar o positivismo depende de vontade individual.
Faz pouco tempo ouvir rock cedinho, me fez acordar e perceber que aquela sintonia vibrante apagava qualquer pontinho de tristeza. Falo de uma negatividade que às vezes insiste em atrapalhar nosso entorno. E os alimentos que buscamos fazem toda a diferença mesmo, porque tem que ter sinceridade, verdade pulsante. Tanto com os alimentos físicos quanto com as impressões e emoções.
Escolho compartilhar sentimentos e pensamentos mais limpos. Há um provérbio chinês que diz que o tempo em que passamos a rir é o tempo que passamos com os deuses. Olha só a grandeza de caminhos que nos dá o nutriente do sorriso!
Bom, o cardápio é farto. Além da música, dos amigos e das flores, a aquarela da alegria pode ser pincelada com impulsos e frequências diversas. E simples! Nada de complicar.  E Calvin, aquele meu personagem preferido das tirinhas, resumiu tudo assim: “Se no final do dia seus joelhos não estão ralados de tanto brincar, você tem que rever os conceitos de sua vida.” 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A sorte do abismo.

Decisão é ouro, tesouro mais raro. Eixo. Porque depois das dúvidas, das incertezas, pisar num terreno sólido e firme é como achar a saída. Quando ouço os versos de Depois do Perigo, de Zélia Duncan, vejo que é isso aí. Muitas vezes o abismo é que norteia a clareza das idéias. “Não, não me aqueça. Hoje eu quero o frio. O vazio. Que a sorte deixou aqui. Quero sentir a altura do abismo. Pra eu poder subir depois do perigo.” Exige força, coragem!
A limpeza, a catarse passa por análises. Costumo criar nortes a partir de elementos que reforcem a segurança dos processos. Cada um tem suas lanterninhas para efetivar as opções. Gosto de acender primeiro as do amor e da fé para clarear as incertezas e inquietações.O caminho fica mais tranquilo se sinto paz e doçura no coração.
Bacana, bacana mesmo é quando subimos à tona por nós mesmos. Aponta amadurecimento. E a canção de Zélia continua: “Não, não me acalme com silabas doces. Hoje eu quero o açoite das palavras rudes. Pra que eu possa me defender em atitudes. Não, por favor hoje não me proteja. Para que eu finalmente veja. O que a vida reservou para mim.” Vê, fala daquela parte em que o sofrimento e a solidão são como lentes que vão ampliando o prisma da força que traz a compreensão, o entendimento daquilo que nos cabe viver. 
Segundo Aristóteles é a purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama. Melhor perceber a sorte da escuridão. 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ser o senhor e ser a presa, dom da natureza!

Olha só o amor em canção. A beleza e a profundidade do amor em palavras. Ler e inspirar. Inspirar e viver. Andei respirando e percebendo como a luz penetra em nossas mais profundas cavernas, na escuridão. Matar a sede e caminhar. Ativar. Calado, sem latim! Silêncio e som! Coisas da vida! 

Nunca é igual
Se for bem natural
Se for de coração
Além do bem e do mal
Coisas da vida

O amor enfim
Ficou senhor de mim
E eu fiquei assim
Calado, sem latim
Coisas da vida

Como foi que eu cheguei aqui
Quem me diria que esse era meu fim
Olho no teu olhar
A festa de estar
De bem com a vida

O luar girou
A sorte me pegou
Tesouro
Te encontrei sem garimpar
No ouro da paixão
Na febre da paixão
Que estão em mim

Ser o senhor e ser a presa
É um mistério, a maior beleza
Amor é dom da natureza
Amar é laço que não escraviza

Nunca é igual
Se for bem natural
Se for de coração
Além do bem e do mal
Coisas da vida. . .

O amor enfim ficou Senhor de mim
E eu fiquei assim,
Calado sem latim
Coisas da vida

Como foi que eu chequei aqui
Quem me diria que esse era meu fim
Olho no seu olhar
Na festa de estar
De bem com a vida
O luar girou a sorte me pegou
Tesouro,
Te encontrei sem garimpar
No ouro da paixão,
Na febre da paixão que estão em mim

Ser o que serve e é servido
Só o amor é tão bonito
Ser o que planta e sentar à mesa
Amor é dom da natureza
Água que limpa e mata a nossa sede
Sede de viver
De deixar viver
De fazer viver
E de ser feliz
[Milton Nascimento]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Admito que perdi ..




Opss .. vi que essa vida é mesmo um joguinho diário a que nos cabe participar. E participar da melhor forma, com a melhor performance . É o que queremos, é para o que nos propomos. Vida .. vida .. uma eterna criança brincalhona! Já ouvi em algum lugar essa frase. Porque ela se apresenta e nós, desatentos, vamos jogando fora as oportunidades. Quantas chances de fazer melhor. Acertar dessa vez. E aí? Desperdiçamos. Ficamos enebriados com os giros e nos perdemos nos raios da roda da vida.
Sabemos os passos a serem dados. Já está tudo revelado. E nós vamos recebendo o aviso: sua vez de jogar. Quando é lançado o dado, estamos distraídos por uma série de pensamentos, sentimentos, preocupações, angústias e egoísmos. E aí perdemos a oportunidade de pôr em prática o que já sabíamos.
Durante aquela partida eu teria que ter lembrado as palavras do sábio Confúcio: “O Mestre disse: quem se modera, raramente se perde.” A operadora de telemarketing recebeu toda a aridez que eu poderia expressar. Boa chance para ter usado as ferramentas que a inteligência emocional ricamente oferece. Fica a lição! Se terei outra chance? Não sei. O certo é que perdi um excelente momento de cuidar da relação, como deve ser. É .. aquela parte do jogo que você está sob pressão e percebe que pode dar o melhor de si. O que o guru Ram Charam, por exemplo, costuma lembrar com freqüência:  “O elo perdido entre a estratégia e o resultado é a atitude.” Posso escolher melhor as peças.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Canção particular.

Outro dia ouvi que há um maestro em nós. Penso que cada um emite a sua nota. E a sintonia segue as orientações de nossas emoções, pensamentos e impulsos mais secretos. Fico imaginando que quando as vibrações internas começam a se movimentar, o todo em nossa volta inicia os processos silenciosos e profundos da plasmação. E aí: acontecem os fatos. A vida!
E Rubem Alves explica assim: “Toda alma é uma música que se toca.” Uma beleza de entendimento. Dizem que verdadeiramente podemos expressar com naturalidade tudo o que sentimos e pensamos. Para isso é fundamental ética e respeito mútuo.
Pesquisando sobre Taquigrafia, li sobre Charles Dickens, romancista inglês, que também foi taquígrafo por algum período. Gostava de ler intensamente e deixou alguns romances e contos. Olha só que interessante o que ele escreveu: “O coração humano é um instrumento de muitas cordas; o perfeito conhecedor dos homens sabe fazer vibrar a todas, como um bom músico.” Ele acrescenta aí os ingredientes do amor. Puro sentimento de calor. Traduzindo: solidariedade, acolhimento, gratidão, retribuição e consideração exterior. Proponho afinarmos nossos instrumentos internos a todo instante.  Orquestrando assim, interpretamos a obra com claridade numa melodia individual mais limpa, bela e artesanal.