segunda-feira, 24 de maio de 2010

All we need is love

Certa manhã eu estava em meu local de trabalho, quando chegaram alguns estudantes. Garotos. Eram aquelas visitantes que faziam pesquisas escolares. Estavam cheios de perguntas e entusiasmo. Um deles, mais decidido, perguntou quase de pronto: “É difícil coordenar um grupo tão grande de pessoas?” Respondi também, sem demora: ”Sim, é muito difícil. Se eu já dou tanto trabalho a mim mesma, imagina!” Bem, a reflexão passou pelo filtro das minhas escolhas diárias. E observei que tantas vezes não foi fácil perceber, compreender e abrir mão de meus medos, defeitos, complexos e manias. E teimei. Ou seja, falhei. Percebi que escolher estratégias da minha própria vida pratica que me levassem a decisões acertadas, no cotidiano dos relacionamentos, dependia de uma boa dose de boa vontade e amor. Começando sempre por mim mesma.
Ampliei um pouco a lente e pensei nos filhos. Quem dera poder falar, ensinar, educar com palavras, conselhos e regras. Não, não basta. Já tinha percebido também que o que mais vale é o exemplo. E minha observação dizia que os filhos colhiam nossos acertos, guardavam num local secreto, mas tinham suas próprias escolhas e experiências. Aqueles garotos queriam agora ampliar mais ainda o prisma da observação para o ambiente profissional. O que passa é que para desempenhar o ofício diário, passamos pela convivência e comunicação direta com os nossos pares. Atenção conosco mesmo mais uma vez é a chave para superar as dificuldades.
O que naquele momento eu não poderia dizer realmente a eles é que sobre aquela pergunta, hoje em dia, há amplas discussões, workshops, coaching. E que para trilhar os caminhos da gestão com eficiência precisamos nos cercar de ferramentas internas e aperfeiçoamento diário. Cada um pode buscar os alimentos que julgue necessário para orientar sua observação interior. E Dante Alighieri deixou uma boa pista: “Não fostes criados para viver como bestas, e sim para seguir a virtude e a sabedoria.”

2 comentários:

  1. O pensamento que me ocorre ao ler o postado é de origem asiática, assim expresso: Árvore só dá frutos se cria raízes... Acho que lidar diretamente com gente implica nesse enraizamento, daí seu pensamento de que exemplos educam mais filhos que as palavras vãs... Sim, exemplos estão enraizados, ligam-se à história vivida, maturada no cotidiano. Escrever é outra forma de enraizamento... beijo

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  2. Chis, que coisa deliciosa essa leitura q vc nos proporciona, essa troca rica. Para mim, seu blog é um lugar de paz, um lugar onde olhamos para dentro de nós e não para as coisas exteriores.
    Concordo com o que vc escreveu, como disse Zig Ziglar ( Que é tipo o Augusto Cury dos EUA: “Você pode ensinar às pessoas o que sabe, mas apenas reproduz quem você é”. O princípio da liderança e o sucesso das relações interpessoais se dão por meio do exemplo! Este não deve ser violado, embora eu saiba que nosso lado "fraco" e falho tende a aparecer com muita força nas situações conflitantes.
    Para mim, um dos maiores exemplos de condulta pessoal foi o de Jesus e acredito que por essa razão as multidões o seguiam. AMiga, é muita pretensão nossa arrastar multidões, mas se conseguirmos conviver bem com os que estão próximos a nós, seja em casa, no trabalho e etc, e tivermos o carinho, a admiração ou pelo menos o respeito deles, já é grande coisa! Te amo!

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